domingo, 30 de maio de 2010

ALÉM PARAÍBA E A EMANCIPAÇÃO POLÍTICA

Por Mauro Luiz Senra Fernandes



Salve 28 de Setembro de 1883!


Com o ciclo do café e a chegada da Estrada de Ferro e os imigrantes, aceleraram-se o povoamento e o progresso da região que hoje é a cidade de Além Paraíba.

O distrito de São José d’Além Parahyba pertenceu sucessivamente aos municípios de Barbacena, Rio Pomba, São João de Nepomuceno, Mar de Espanha, Leopoldina e outra vez, Mar de Espanha.

Até 27 de abril de 1854 o povoado integrava o município de Mar de Espanha, do qual foi separado, passando a pertencer a Leopoldina, com o nome de “São José d’Além Parahyba”. Em 25 de agosto de 1864 passou novamente a pertencer à Freguesia de Mar de Espanha.

Em 30 de novembro de 1880, foi criado o município de São José d’Além Parahyba, na categoria de Vila, através da Lei Estadual nº. 2.678. No entanto, devido a várias dificuldades, este só foi instalado em 22 de janeiro de 1882, e o presidente da Câmara, Coronel Joaquim Luiz de Souza Breves foi empossado como primeiro presidente (prefeito), tendo como vice Manoel Luiz Vieira. Finalmente, no dia 28 de setembro de 1883, foi sancionada a Lei nº. 3.100, que desligou o município de Mar de Espanha, elevando à categoria de cidade. O nome Além Parahyba foi denominado pela Lei Estadual nº. 843, de 07 setembro de 1923, devido ao fato de haver no interior de São Paulo uma cidade com o mesmo nome (hoje São José dos Campos). Passou para Além Paraíba depois de uma reforma ortográfica.

Relação dos Chefes do Executivo Municipal de Além Paraíba:


Cel. Joaquim Luiz de Souza Breves
Primeiro Prefeito do Município de Além Paraíba


1882 a 1892 – Joaquim Luiz de Souza Breves (Coronel Breves)
1892 a 1894 – Joaquim Canuto de Figueiredo Júnior
1895 a 1898 – Dr. Paulo da Fonseca (Fundador do Hospital São Salvador)
1899 a 1900 – Joaquim José Álvares dos Santos Silva (Barão de São Geraldo)
1901 a 1904 – Francisco Martins Ferreira
1905 a 1906 – Francisco de Salles Marques
1906 a 1912 – José Venâncio Augusto de Godoy (Capitão Godoy)
1913 a 1916 – Ottoni Diniz Manso
1917 a 1922 – Antônio Lima de Castello Branco
1922 a 1930 – Antônio Augusto Junqueira
1930 a 1931 – Pedro Gonçalves Chaves
1931 – Ladário de Faria
1931 a 1934 – José Venâncio Augusto de Godoy (Capitão Godoy)
1934 a 1935 – Christiano Cortes Villela
1935 a 1936 – Jarbas Pires de Salles Marques
1936 – Lineu Antunes Vieira
1936 a 1941 – Christiano Côrtes Villela
1941 a 1945 – Luiz de Marca
1945 – Odyr Perácio
1945 a 1946 – Lourival Ferreira Carneiro
1946 – Leonel de Andrade Botelho
1946 a 1947 – Odyr Perácio
1947 – Romeu Ramos
1947 a 1948 – Odyr Perácio
1948 – Ladário de Faria
1948 – José Tepedino
1948 a 1950 – Humberto Côrtes Marinho
1950 – Reinaldo Manso Monteiro Nogueira da Gama
1950 a 1951 – Humberto Côrtes Marinho
1951 – José Tepedino
1951 a 1955 – Octávio de Castro Côrtes
1955 a 1959 – Humberto Côrtes Marinho
1959 a 1963 – Willian Fadel Sahione
1963 a 1966 – Antônio Marinho Côrtes
1966 a 1967 – Octávio de Castro Côrtes
1967 – Antônio Marinho Côrtes
1967 a 1971 – Edson Esquerdo
1971 a 1973 – José Alves Fortes
1973 a 1977 – Edson Esquerdo
1977 a 1981 - Elias Fadel Sahione
1982 a 1988 – Fernando Lúcio Ferreira Donzeles
1989 a 1992 – Elias Fadel Sahione
1993 a 1996 – Fernando Lúcio Ferreira Donzeles
1997 a 2000 – Miguel Belmiro de Souza
2001 a 2004 – Sérgio Antônio Ribeiro Ferreira
2005 a 2008 – Sérgio Antônio Ribeiro Ferreira
2009 a 2013 -  Wolney Freitas
2014 - atual Fernando Lúcio Ferreira Donzeles


















Dr.Paulo da Fonseca -  Fundador do Hospital São Salvador



Dr. Ladário de Faria - Fundador do Asilo de Idosos Ana Carneiro




domingo, 23 de maio de 2010

O BONDE ELÉTRICO – O CHARME DE UMA ÉPOCA E ADÃO PEREIRA DE ARAÚJO

Por Mauro Luiz Senra Fernandes


A caminhada em busca de inovações que conduzissem ao progresso da humanidade começou com o primeiro homem e perpetuou-se nos passos dos demais.




Um dos instrumento utilizados na simbologia da aceleração do processo de mudança e do progresso, em Além Paraíba, foi a chegada da eletricidade que trouxe o bonde elétrico, pois ajudou a tornar mais rápidos os passos do homem.

“ Vitoriosa, acaloradíssima, triunfal, foi a passagem do primeiro bonde elétrico por entre a multidão que, espontaneamente, ovacionava os empreiteiros de nosso progresso...
O tráfico dos bondes elétricos, trens especiais e de automóveis, dava à nossa urbe um aspecto das grandes cidades movimentadas em dia de gala...”
Amil Alves


A VISÃO DE UM IMIGRANTE PORTUGUÊS

A princípio, como em todos os lugares, locomoviam-se os habitantes a pé, a cavalo, em carros de bois, em liteiras ou cadeirinhas. Também as diligências ou carruagens, como as do Hotel Roma (prédio da prefeitura), marcaram época. Vieram depois os bondes de tração animal (burros).

O português Adão Pereira de Araújo comprou esses bondes de tração animal, mantendo-os em circulação até 1925, quando foram retirados para dar lugar aos elétricos, inaugurados a 15 de novembro daquele ano e se tornaram motivo de orgulho para os alemparaibanos, já que poucas cidades mineiras possuíam esse meio de transporte - somente Juiz de Fora, Lavras e Belo Horizonte.

Durante quatorze anos os bondes elétricos circularam até o dia 29 de agosto de 1939. Interessante é que o povo alemparaibano do início do século vinte criticava muito Adão Araújo por ele ter implantado aqui os bondes elétricos, por causa de pequenos atrasos ou defeitos, mas nós achamos que eles cumpriam melhor o serviço de condução do povo entre os bairros da cidade do que os transportes de hoje.

 Então, coincidindo com a epidemia de tifo, houve um desastre com os bondes que, descendo do Morro do Carneiro, foram parar dentro de um estabelecimento comercial na Vila Laroca, derrubando paredes e chegando ao balcão como freguês comum. O curioso é que os carros levavam, naquela ocasião, um enterro com caixão, defunto e lágrimas, quer dizer: o acidente não foi tão trágico, mas de qualquer forma já existia um morto, vitimado não pela batida do bonde, mas pela febre tifóide que assolava a cidade e que, em dois meses, matou cem pessoas.

O fato é que, em conseqüência do acidente, foi decidido – infelizmente - o término dos bondes em Além Paraíba. Começou, então, a circulação dos ônibus na cidade, introduzidos pelo Dr. Francisco Villela Pedras e Francisco Gomes da Silva (Chiquinho Gomes). Eram dois coletivos que receberam da população os nomes de Jujú e Balangandã. Um era verde, o outro amarelo. Um era grande, o outro pequeno.

Adaptação do texto de Octacílio Coutinho








Legenda: Desastre com os bondes que, descendo do Morro do Carneiro, foram parar dentro de um estabelecimento comercial na Vila Laroca, derrubando paredes e chegando ao balcão como freguês comum.

O IMIGRANTE PORTUGUÊS ADÃO PEREIRA DE ARAÚJO - O HOMEM QUE MUDOU A CARA DE ALÉM PARAÍBA
Adão Pereira de Araújo, sua esposa Maria Augusta Rezende e filhos - acervo: Mauro Luiz Senra Fernades - oferta de Elizabeth Filgueiras de Araújo

Falar desse lusitano nos lembra a parte notória que este espírito propulsor tornou o progresso industrial em nossa cidade. Sua personalidade é exemplo às pessoas de iniciativa e dinamismo. Ele foi o industrial ativo que tirou Além Paraíba, pode-se dizer, das trevas, fornecendo energia elétrica para sua iluminação.

Adão Pereira de Araújo nasceu em Marco de Canavezes, Portugal, no ano de 1861 e lá, casou-se pela primeira vez com Maria de Jesus Coelho, que lhe gerou três filhos: Antônio, Amélia e Ceriaco.

Ficando viúvo, veio para o Brasil à procura do amigo, Capitão José Medeiros de Rezende e sua esposa Maria Rosa de Medeiros, em Além Paraíba, e casou-se pela segunda vez com a filha destes, Maria Augusta de Rezende, que lhe gerou onze filhos: Carmem, Silvio, Roberto, Octávio, Ottoni, Odeth, Judith, Ruth, Hilda, Lídio e Tito.

No ano de 1906, esse português de nascimento instalou na Fazenda do Lordello uma pequena usina geradora de energia elétrica. Até aquele momento, as ruas e as casas alemparaibanas eram iluminadas a luz de lampião de querosene ou carbureto. Aos “lobisomens” ou “fantasmas” cabiam a tarefa de ascender os lampiões das ruas e praças às dezoito horas e apagá-las às três horas da madrugada.

Com a energia elétrica instalada aumentou o progresso de Além Paraíba com o surgimento de diversas indústrias. A primeira foi a fábrica de bebidas do italiano Nicolau Taranto, localizada próxima ao hoje bairro da Granja Três de Outubro.

Adão Pereira de Araújo foi um grande empreendedor em nossa cidade que acreditava no trabalho e valorizava quem fazia do trabalho o seu lema.

Interior de uma das Oficinas de Adão Araújo

Instalou laticínios e diversas fábricas. Mas o que fez elevar o seu nome mais ainda em nosso município e região foi a revolucionária instalação dos bondes elétricos que cortavam Além Paraíba de Porto Novo a São José, transportando pessoas e mercadorias. Vale lembrar que somente umas poucas cidades brasileiras dispunham desse moderno meio de transporte naquela época. Transferiu-se para a Capital Federal onde possuía outros empreendimentos, dentre eles, na área de hotelaria, o Jardim Hotel - local onde veio a falecer na Quarta-Feira de Cinzas do ano de 1941.

A referência de Adão Pereira de Araújo mostra que, quando há honestidade e trabalho, uma cidade pode se transformar num local de desenvolvimento.

Adaptação do texto de Nestório Valente no Jornal Além Parahyba -1925














Laticínio fundado por esse lusitano - local atual do Banco do Brasil em Porto Novo.

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segunda-feira, 17 de maio de 2010

O TRANSPORTE URBANO EM ALÉM PARAÍBA - O BONDE DE TRAÇÃO ANIMAL

Por Mauro Luiz Senra Fernandes


Rua Barão de Guararema, em São José

O Transporte Urbano em Além Paraíba

“A partir de 1890, foi instalada uma linha de bondes puxados a burro que saía de Porto Novo do Cunha, passando pelas Oficinas (Vila Laroca) com destino a São José. Vinha catando gente pelas ruas que enchia seus bancos e pagando 400 réis pelo trajeto. Os burros iam puxando devagarinho o bonde pesado de passageiros. Na altura da Granja, o cocheiro do bonde fazia a cobrança dos passageiros e, lá, eram trocados por outra parelha (Esmeralda e a Berlinda eram trocadas pela Dindinha e Isolda) na volta para São José”.
Adaptação do texto de Nestório Valente no Jornal Além Parahyba - 1925

O Bonde de Tração Animal

Quando Além Paraíba não ostentava ainda magníficos palacetes, artísticas fachadas e redolentes jardins, quando casinholas trepavam pelas encostas íngremes da morraria, já o Comendador Affonso D’Ângelo Visconti, observando que os rudimentares veículos do Luca e do Fidelis, morosos e fatigantes, não satisfaziam a nossa população, se empenhava com ardor pela organização de uma empresa de transporte, o que conseguira, vencendo todas as dificuldades que só não estorvam ou entibiam os ânimos arrojados e resolutos.
Pioneiros em transporte coletivo Lucas e Fidelis que, em 1886, com seus parcos recursos, iniciaram neste ramo de negócio em Porto Novo do Cunha, através de desengonçados troles puxados a burro. Esses veículos rudimentares prestavam um serviço moroso e fatigante, já não satisfazendo àquela época a população. O Comendador D’Ângelo Visconti, homem inteligente e de muito tirocínio comercial, rico hoteleiro na cidade do Rio de Janeiro, e aqui também proprietário, espírito aventureiro e habilidoso aglutinador de interesses econômicos, partiu para a incorporação de uma empresa com a finalidade de modernizar aquele transporte. Chamou amigos, que sabia não temerem dificuldades, arrojados como ele, resolutos, e propôs-lhes o negócio. Entre estes, então, se encontrava o Felippe Bacelar Fontenelle.
Em 1889, Affonso D’Ângelo, sempre na vanguarda do movimento, fazia o seguinte apelo aos subscritores de ações:
“Empresa Ferro Carril Além Parahyba – pede-se aos senhores subscritos de ações, àqueles que ainda não entraram com as quantias subscritas para essa empresa, tenham a bondade de fazer o pagamento da primeira prestação de 10$000 por ação, na agência do Banco Territorial Mercantil de Minas, a fim de incorporar-se até 5 de novembro próximo a sociedade. São José de Além Parahyba, 26 de outubro de 1889 – Affonso d’Angelo – o incorporador.”
Naquele mesmo ano de 1889, no Paço da Câmara Municipal desta cidade e Comarca de Mar de Espanha, presentes os acionistas da empresa, Affonso D’Ângelo disse-lhes que havia convocado para constituição definitiva da Companhia, e lhes ofereceu os estatutos pelos quais essa deveria se reger. E ao apelo para elegerem os seus administradores, foram escolhidos os senhores Capitão Vicente Mendes Ferreira (Capitão Mendes), 355 votos; Dr. Joaquim Canuto de Figueiredo, 345 votos; Capitão Francisco Júlio dos Santos Sobrinho, 340 votos; Dr. Francisco Salles Marques, 40 votos; Antônio José Herdy, 35 votos; e Dr. Francisco B. Teixeira Duarte, 10 votos. Total de 1.125 votos.
Foram eleitos, pois, diretores da Ferro Carril os cidadãos Capitão Vicente Mendes Ferreira, Dr. Joaquim Canuto de Figueiredo e o Capitão Francisco Júlio dos Santos Sobrinho.
Aduzindo razões de escusas, pediram que a Assembléia os dispensasse desses cargos e agradeceram a confiança neles depositada os cidadãos Vicente Mendes Ferreira e Francisco Júlio dos Santos Sobrinho. Concedida as escusas, discursaram nessa ocasião os Drs. Canuto de Figueiredo e Luiz Barbosa da Gama Cerqueira, sendo, na mesma ocasião, eleitos membros da diretoria os Srs. Francisco Salles Marques, Antônio José Herdy e Francisco B. Teixeira Duarte.
Para presidente da assembléia geral foram eleitos o Capitão Vicente Mendes Ferreira e José Thomaz Pimentel Barbosa e, para secretários, o Dr. Luiz Barbosa da Gama Cerqueira e o Capitão Egydio Cezar F. Lobo.

Capitão Vicente Mendes Ferreira - maior acionista da Empresa Ferro Carril Além Parahyba

Os acionistas da Ferro Carril que mais títulos adquiriram foram os seguintes: Banco Territorial e Mercantil de Minas, 50 ações; Vicente Mendes Ferreira, 50 ações; Affonso D’Ângelo, 20 ações; Luiz Augusto Gomes, 20 ações; Cornélio G. Villela Bueno, 10 ações; Francisco B. T. Duarte, 10 ações; Francisco Cesário de F. Côrtes, 10 ações; Francisco de Assis Teixeira, 10 ações; Francisco Garcia da Rosa, 10 ações; Francisco Júlio dos Santos Sobrinho, 10 ações; Dr. Francisco P. Tavares, 10 ações, José Augusto de F. Côrtes, 10 ações; José Thomas P. Barbosa, 10 ações; Luiz Alves Banho, 10 ações; Luiz de Souza Breves Sobrinho, 10 ações; Manoel G. de F. Côrtes, 10 ações; Manoel J. Lopes de Almeida, 10 ações; Manoel Mattos Gonçalves, 10 ações; Marciano Teixeira Marinho, 10 ações; Mathilde Herdy de Oliveira, 10 ações; Miguel Laroca, 10 ações; Valeriano M. M. Costa Reis, 10 ações e Francisco L. dos Santos Werneck, 10 ações.
Soma: Ações 380 e entradas de 3:800$000.
Daí por diante a empresa passou por muitas alterações na sua estrutura. Foi encampada pelos senhores Mauricio Francisco de Souza, Miguel Laroca e Nicolau Taranto; retirando-se o Dr. Mauricio Francisco de Souza e Miguel Laroca, associando-se a Nicolau Taranto os senhores Herculano Couto e Severino Martins, e finalmente dissolvida, ficando seu ativo e passivo com o Capitão Nicolau Taranto até 13 de janeiro de 1923, data em que foi a empresa adquirida pelo sr. Adão Pereira de Araújo que resolveu transformar a tração animal em tração elétrica.
Adaptação do texto de Nestório Valente no Jornal Além Parahyba - 1925
O bairro operário das "Oficinas" - atual Vila Laroca. "Os bondes puxados a burro que saía de Porto Novo do Cunha, passando pelas Oficinas (Vila Laroca) com destino a São José..."

CHEGAM OS IMIGRANTES EM ALÉM PARAÍBA!

Por Mauro Luiz Senra Fernandes



Na década de 1880, às vésperas da Lei Áurea, o preço dos escravos era elevadíssimo. Tornou-se mais barato importar mão-de-obra da Europa, onde o desenvolvimento do capitalismo industrial criara enorme excedentes de trabalhadores.

Mas as primeiras tentativas governamentais de promover a imigração européia datam ainda do Primeiro Reinado. Em 1819, cerca de 1500 famílias suíças fundaram Nova Friburgo, no Rio de Janeiro; e, em 1824, colonos alemães receberam glebas em São Leopoldo, no Rio Grande do Sul.
Antes disso, em 1808, o Governo colonial fizera vir para o Brasil 1500 famílias açorianas. Esse tipo de imigração, no entanto, diferencia-se da que ocorrerá a partir de 1850, pois enquanto a primeira representa experiências de âmbito regional e em pequena escala, será somente a partir da extinção do tráfico de escravos que grandes correntes migratórias desaguarão no Brasil.

O homem que emigrava para o Brasil, quase sempre com toda a família, pertencia às camadas mais pobres da população européia. Os camponeses arruinados formavam o maior contingente da imigração, embora houvesse também muitos operários, artesãos, pequenos comerciantes e até mesmo um outro industrial ou homem de negócios. Atraídos pelas promessas de uma vida livre num mundo novo repleto de possibilidades, os imigrantes traziam no coração incontáveis esperanças.

Uma vez instalada em alguma fazenda de café, a família imigrante percebia que o Éden estava ainda longe. As condições de trabalho eram duras e pouco acolhedoras. Cada família recebia certa quantidade de pés de café, pelos quais deveria ser responsável. O trabalho, que incluía cinco ou seis carpas por ano (limpeza das terras da lavoura, para eliminar as ervas daninhas), além da colheita, era remunerado, mas os colonos viviam em situação de extrema dependência para com os fazendeiros.
Isolados nas fazendas, deviam fazer suas compras nas vendas do dono da terra, o que os colocava em permanente dívida, pois ganhavam menos do que gastavam para suprir suas necessidades básicas.
Essas condições da lavoura levaram a uma grande mobilidade da mão-de-obra. Além de trocar de fazenda, muitos trabalhadores terminavam por tentar a sorte nas cidades. E se tornavam operários da indústria, empregados do comércio ou artesãos.

No período de 1910 o maior contingente de imigrantes em Além Paraíba é o italiano, vindo em seguida os portugueses e os libaneses. Na seqüência, estão os espanhóis, dinamarqueses, alemães, franceses, poloneses, húngaros e um só russo.

Colônia Italiana: Lorenzoni Zanconato, Felicio Marotta, Magdalena Garelli Marotta, Giácono Marotta, Manuel Marotta, Salvador Marotta, Assundina Marotta Villela, José Mercadante, Vicente de Marca, Braz Schettino, José Schettino, Estevam Lamóglia, José Povoleri, Ricardo Binato, José de Lucca, Vicente D’Elia, Fidélis Manes, Giovanina Spósito Manes, João Rozzante, Octávio Schettino, Napoleão Gavioli, Beatriz Gavioli, Vicente Madeira, Domingos Trecos, Vittorio Moscon, Amabili Girolami Moscon, Geraldo Tepedino, Giovani Schettino, João Perrota, João Incerti, Pompeu Servelati, Francisco Saparito, Affonso D’Angelo Visconti, Iliseu Visconti, Serafim de Mattos, Florinda Tepedino Laroca, Vicenzia Francisco Laroca, Benjamim Peroco, Angelo Francisco Tomazini, Celestino Marendino, Joana Bossaneto Marendino, Antônio Calzolari, Beatriz Calzolari, Luiz Calzolari, Ema Calzolari, Genoveva Garbois Incerti, Stela Guza Garbois, Agostinho Zamboni, Celeste Zamboni, Herminio Ricardo Zamboni, Ana Amabili Zamboni, Marietta Zamboni Consoli, Alferino Zamboni, Roberto Zamboni, Arminda Zamboni, Arthur Zamboni, Francisco Zamboni, Angelina Zamboni, Angelo de Lucca, Joseppina de Lucca, Ida Binato Sartorello, Francisco Corasini, Henrique Rolli, Cesar Rolli, Vanda Rolli, João Rolli, Dante Sartorello, Joseppina Binato Sartorelli, Primo Binato, Cecília Zane Binato, Humberto Lotti, Albina Justi Lotti, José Chiappeta, Pascoal Palagano, Affonso Sálvio, Alfredo Mazzi, Alberto Costa, José de Mattos, Arthur Zoffoli, Maria Zoffoli, Eduardo Zoffoli, Cristina Zoffoli, Marcos Ghetti, Ernesta Ghetti, Vicente Ghetti, Marin Demarchi, Adélia Demarchi, João Demarchi, Tereza Demarchi, Ivídio Demarchi, Maria Demarchi, Luiz Pitassi, Jacomo Caçador, Magdalena Caçador, Nicolau Taranto, Antônio Taranto, Antônio de Marca, José Luciano Galhardo, Philomena Paraíso Galhardo,André Paraíso, José Pagano Brundo, Cleonice Consoli Zamboni, Aldino Consoli, Cesario Consoli, Alfredo Consoli, Clara Consoli, Virgílio Consoli, José Montesano Júnior, Braz Montesano, Jacintha Mercadante, José Tepedino, Sabina Tepedino, Rosa Tepedino, Francisco Tepedino, Vicente Tepedino, Alexandre Laroca, Luigi Cantarelli, Emilia Ludenni Cantarelli, Pompeu Servelati, Tereza Pedreti Servelati...

Philomena Paraíso Galhardo esposa de José Luciano Galhardo


Estevam Lamóglia

Magdalena Garelli Marotta

José Mercadante
Affonso Sálvio
Família de Felício Marotta e Maria Magdalena Garelli Jannuzzi Marotta

Vittório Moscon

Amabili Girolami Moscon

Geraldo Tepedino e sua esposa Cornélia Ramos Tepedino na Itália
 

















Vicente Tepedino

Colônia Portuguesa: Adão Pereira de Araújo, Herculano de Almeida Couto, Gustavo Ferreira da Cruz, Antônio Ferreira Ribeiro, Antônio José Ribeiro, Secundino Arantes, Manoel Affonso Fernandes, Joaquim Lourenço Gomes, José de Oliveira, Amaro Pinto, Antônio Fernandes “Timbira”, Américo Pinto, Antônio Pereira, Manoel Gonçalves Ribeiro, Carlos Alberto Araújo, Manoel Fernandes da Silva, Domingos Fernandes, Manoel Marques, Joaquim Cruz, Álvaro Antunes, Alfredo Ferreira Ribeiro, Antônio Costa, Albano Duarte, Eduardo Duarte Marques, Armando Duarte Marques, José Pinto da Cunha, Miguel Pinto da Cunha, Antônio Vieira, Antônio Araújo, José Teixeira Bastos, Belmiro Bastos, Belmiro Augusto Pinto, Manoel Dias Moreira, João Lourenço, José de Mattos, José Assunção Pimenta, Manoel Lima de Brito, Manoel Pinto Ferreira, Lucas Rodrigues de Mello, César Corrêa, Joaquim Moreira, João dos Santos Varino, Mário Novaes, Manoel de Souza, José Ribeiro Moura, Isaías José Cardoso, João Lourenço, Manoel Corrêa de Oliveira, Miguel Bessa, Rosa Bessa, Antônio Ribeiro, Joaquim Soares, Joaquim José de Souza Bittencourt, Ricardo Fernandes, Antônio Pereira de Araújo, Adelino Lima, César Corrêa Duarte, Manoel Duarte, César Celeiro, Serafim Lopes, Emílio Augusto de Souza Esquerdo, Faustino Meireles, Franklim Mafra, José Jacintho Teixeira, Maria da Encarnação de Castro Teixeira, Emília Ligeiro Montesano, João de Castro, Belmiro Pereira de Jesus, Augusto Mendes, José de Almeida Maria, Joaquim Lima de Brito, Antônio Rodrigues de Almeida, José Antônio Varela, Lourdes Varela, Manoel Gomes Pinto, Serafim Lopes, Luiz Machado Santos...
Manoel Fernandes da Silva

O Alfaiate Belmiro Pereira de Jesus e sua esposa

Colônia Libanesa: Abrahão José Kadab, Anísio Amin Saber, Maria Abraim, José Sahione, Jorge Elias Sahione, Victória Fadel Sahione,Camilo Jorge, Silva Jorge, Miguel Jorge, Michel Said Assaf, Taufikc Hubaix, Nahum Francisco, Feliz José, Pichara David Fortes, Tobias Ayub, José Alexandre, Antônio Habib Alhouci, Miguel Tebet, Antônio Tebet, Josefe Tebet, José Kalim Salomão, Abílio Nassif Salomão, Elias David, Jorge Aucar, Feres José, José Felipe, Anísio Amim Saber, Miguel Camilo Jorge, Adma Fadel Cassab, Antônio Elias, João Jabur, Elias Elmôr, Salim Assaf,Adma Lattuf Assaf, David José, Jorge Lattuf, José Abud, Jamille Abud, Antônio Macased, Tuffic Elmaes, Saida Mansur, João Abraão, Elias Habil Alhouci, Elias Hisse, Maria Cury Jorge, Jamel Abi Ganiem, Habuda Weked, Adma Ayub, Antônio Nanie, Jorge Hisse, Abrahão José, Jorge José Fortes, Salim David Fortes, Kalil Alexandre, Kalil Salim, Felipe Kalim Salomão, Abdo Kalim Salomão, Nagib Aucar, Waldyr José Weked, Rachid Nasser, Abrahão José Saber Kadab, Nagib Nahed, José Chaim, Kalil Jorge, Pedro Cassab, Felício Elias, Feres Mansur, José Felipe, Antônio Assaf, Deble Assaf, Latif Assaf, Elias Bouhid, Nacíe Abud, Salim Abud, José Abrahão, Kalil Hisse, José Elmaes, Tecla Elias, Nahum Yunes, Alberto Kalil, Tuffic Tebet, Josefe Tebet, José Miguel Fader, Rosa J. Salmer...
A colônia libanesa reunida no casamento de Jorge Elias Sahione e Victória Fadel Sahione

A família do Cap.Jorge José Fortes
A Família Assaf - Antônio Assaf, os filhos Deble Assaf, Salim Assaf, Latif Assaf, a nora Adma Lattuf Assaf e os netos Farid Assaf Lattuf, Elias Assaf e Maria das Dores Assaf (Marocas) em Fernando Lobo.
  Abrahão José Kadab, Anísio Amin Saber, Maria Abraim

Família Lattuf

Família Assaf

Família de Elias David


No centro Pichara David Fortes
Miguel Tebet
Josefe Tebet


Colônia Espanhola: Maria Rosa, Osório Gutierrez, Raimundo Perez Segura, Inocente Garcia, Bernardo Garcia, Indalécio Villas, Carmem Perez, Francisco Gutierrez, Padre Benito, Maria Trillo Gonçalves, Sebastião Trillo Gonçalves...
A família de Raimundo Perez Segura

Parte da família de Maria Trillo Gonçalves de Almeida



Bernardo Garcia na Estação de Trimonte


Colônia Dinamarquesa: Charles Sorensen e Joana Sorensen.

Colônia Alemã: Henrique Hainer e Alberto Landois.

Colônia Húngara: João Miguel e Helena Miguel.

Colônia Francesa: Noel Corvirsier e Roberto Ducroc

Colônia Polonesa: Luiz Ostronof

Colônia Rússa: Franz Pawlowsky
Franz Pawlowsky

terça-feira, 11 de maio de 2010

ALGUNS PIONEIROS DOS SERTÕES DO LESTE - AGOSTINHO JOSÉ FREDERICO DE CASTRO E ANTÔNIO JOSÉ DA COSTA

Por Mauro Luiz Senra Fernandes



Major Agostinho José Frederico de Castro e a Formação da Família Rodrigues da Costa através de Antônio José da Costa

APRESENTAÇÃO:

Na região onde se encontra as cidades mineiras de Mar de Espanha, Além Paraíba e Santo Antônio do Aventureiro, a área mais fronteiriça ao Rio de Janeiro, e situada ao norte, foi colonizada somente a partir de fins do século XVIII e início do XIX; a partir da expansão cafeeira do Vale do Paraíba Fluminense.
Deu-se inicio as primeiras concessões das sesmarias em 1812 e foi muito comum mulher, maridos e filhos receberm sesmarias confrontantes e cada sesmaria possuíam meia légua em quadra.
Os grandes senhores, vindos das zonas de mineração apossaram de suas terras e formaram suas fazendas de café.
Através de pesquisas vamos apresentar nesse trabalho, algumas figuras importantes nesse período, pioneiros desbravadores, que enfrentaram todos os desafios e tornaram grandes patriarcas de nossa região e alguns de seus entrelaçamentos genealógicos.

Major Agostinho José Frederico de Castro

Esse pioneiro era paulista de origem espanhola e holandesa, nasceu em 1785, da leva que se baldeou, na segunda década do século dezenove, para os sertões incultos das “áreas proibidas dos Sertões do Leste”. Instalou-se para as bandas do Ribeirão das Cabeceiras, nas sesmarias que couberam a ele e à esposa, lá fundando três importantes fazendas de café: Mutuca, Gruta e Barra do Limoeiro.
Era oitavo filho do espanhol João Maquieira ou Juan Maquieira, que se casou na Matriz de Borda do Campo, em 18 de setembro de 1769, com Dona Maria Ignácia Ferreira, filha de Dona Ignácia Ferreira e Antônio D’Ávila Bittencourt.
Seus irmãos foram:
• Anna Bernarda de Castro faleceu em 16 de setembro de 1796;
• Ignácia Felícia de Castro, casada com João da Costa Mattos;
• Silvestre Pacheco de Castro;
• Clara, casada com Antônio Martins do Couto;
• Maria Custódia do Carmo, em 25 de julho casou-se com Miguel José Siqueira;
• João Pacheco de Castro;
• Francisca Bernarda de Castro, batizada em 8 de março de 1785 e no dia 18 de julho de 1800 casou-se com José Antônio Duarte;
• Domingos Pacheco de Castro.
Aos oito anos de idade, Agostinho José Frederico de Castro ficou órfão de pai, em 7 de junho de 1789 falece João Maquieira e torna se tutor, seu irmão Silvestre Pacheco de Castro e começou aprender o ofício de carpinteiro.
Em 29 de abril de 1811, casou-se no Município de Barbacena com Dona Joana Batista Rodrigues do Vale, nascida em Prados no ano de 1792, filha de Maurício Antônio Cláudio e de Dona Francisca Carlotta Rodrigues.
Dona Joana Rodrigues do Vale era irmã, de Dona Maria Luiza Rodrigues do Valle – casada com Antônio José da Costa e de Antônio Maurício Rodrigues, casado com sua sobrinha Dona Boadina Batista de Castro, filha do Major Agostinho José Frederico de Castro e de sua irmã Dona Joana Batista Rodrigues do Vale.
Em 1842, logo após a localidade do Pomba ter perdido sua jurisdição sobre parte do sul, o pioneiro já desempenhava a função de subdelegado do arraial do Cágado. E 1854, quando o arraial já se engalanava com o título de Vila de Mar de Espanha, incumbiu-se da construção do edifício da Câmara.
Foi vereador nos períodos de 1857 a 1863, falecendo com idade avançada, em abril de 1863.
Deixou grande descendência:
• Carlotta Agostiniana, consorciada em 24 de maio de 1846 com o primo materno Basílio Rodrigues da Costa;
• Francisca Carlotta, casada em primeiras núpcias com o primo materno Basílio Rodrigues da Costa, dono da Fazenda Murici, consorciando-se em segundas, com Serafim Caetano de Meneses;
• Carolina Amélia, casada com Francisco Alves Ribeiro;
• Maria Ignácia Dorcelina de Castro, casada com José Antônio de Mattos.
• Francisco de Paula Oliveira Castro, casado com Bárbara Raquel de Figueiredo Côrtes, filha de Manoel Gonçalves Côrtes e Luiza Thereza de Figueiredo;
• Antônio Augusto Frederico de Castro que, mais tarde, transferiu-se para o município de São João Nepomuceno, onde comprou a Fazenda Barra Danta, foi casado com Augusta Barbosa de Castro;
• Balbina Amélia Eugênia de Castro, casada com o Comendador Francisco Cesário de Figueiredo Côrtes;
• Silvestre Pacheco, casado com Anna Cândida de Figueiredo Côrtes;

Silvestre Pacheco Frederico de Castro, sua esposa Anna Cândida de Figueiredo Côrtes
e suas filhas Dometilde Côrtes de Castro e Maria de Figueiredo Côrtes de Castro

• Anna Florentina Augusta, esposa de Domingos Eugênio Carlos Pereira, que na cidade de Mar de Espanha morava ao lado da matriz e uma de suas filhas, foi a Baronesa de Além Paraíba - Dona Joana Eugênia Barbosa de Castro, casada com Joaquim Barbosa de Castro – Barão de Além Paraíba;
• Boadina Batista de Castro, casada com seu tio Antônio Maurício Rodrigues Júnior e eram pais de Luiz Maurício Rodrigues, casado com Dona Anna Carolina de Siqueira Côrtes – filha de Francisco Antunes de Siqueira Júnior e de Dona Maria Balbina de Figueiredo Côrtes e Agostinho Maurício Rodrigues, casado com a irmã de sua cunhada, Dona Maria Angélica de Siqueira Côrtes;
• Agostinho Marçal Frederico, casado com Dona Constância Dominciana Azeredo;
• Bárbara Raquel, casada com Francisco de Paula Oliveira;
Em 1855, o Major Agostinho já havia distribuído grande parte do que possuía aos filhos e genros. Mas ainda figurava em seu nome uma das primeiras sesmarias.
Em Mar de Espanha residia num sobrado, que mais tarde, seria o Hotel Castro.

Formação da Família Rodrigues da Costa - Antônio José da Costa

Esse pioneiro dos Sertões do Leste nasceu em Simão Pereira no ano de 1781 e faleceu em Mar de Espanha após 1858, era filho do português Basílio José da Costa e de Dona Theresa Isabel e irmão do Capitão Antônio Joaquim da Costa, que iniciou, em 1842, a construção da Igreja de Santo Antônio do Chiador e em suas sesmarias surgiram as Fazendas da Arribada, Fortaleza, Pedra Bonita, Capoeirinha, Minerva, Santana, Pilões de Cima e Pilões de Baixo, Barra Mansa, Laje, Flores, Boa União, Bonsucesso ou Fundangá e Passa Tempo.
Antônio José da Costa foi casado em primeiro matrimônio com Dona Maria Luiza Rodrigues do Valle nascida em Prados, filha de Maurício Antônio Cláudio e de Dona Francisca Carlotta Rodrigues, formando assim, a família Rodrigues da Costa. Casou-se em segundo matrimônio, com Dona Anna Josepha do Espírito Santo, filha de Manoel Gonçalves Viana e de Dona Maria Luiza Rosa de Jesus.
Sua sesmaria localizava para os lados de Chiador e se denominou, outrora, na Fazenda Ribeirão de Santo Antônio.
Deixou grande descendência de seu primeiro matrimônio, que se destacaram na região de Mar de Espanha, que se juntou com as importantes famílias pioneiras da região e tornaram-se grandes cafeicultores.
Seus filhos foram:
• Maria Theresa Rodrigues da Costa, foi casada com Joaquim Xavier Ferreira e seus filhos foram: Júlio de Aquino, Marcelino, José, Francisca, Anna Joaquina, Maria Joaquina e Theresa Carolina;
• Pedro Marçal da Costa;
• João Rodrigues da Costa;
• Anna da Costa, casada com Júlio Aurelino Martins do Couto, que recebeu a sesmaria no Ribeirão da Conceição;
• Francisca da Costa, casada com o Capitão Joaquim Carlos Nogueira e teve um filho, Silvestre Carlos Xavier;
• José Antônio da Costa Olandim, casado com Francisca Bernardina de Castro, nascida em 1820;
• José Rodrigues da Costa nasceu em torno de 1820, em Mar de Espanha. Foi fazendeiro em Aventureiro, atual Município de Santo Antônio do Aventureiro. Exerceu vários cargos de eleição popular, tendo sido Vereador na Câmara Municipal de Mar de Espanha. Recebeu o título honorífico de Barão de Conceição em 27 de fevereiro de 1886. Faleceu em 23 de setembro de 1898 e foi sepultado na sacristia da Matriz de Santo Antônio do Aventureiro. Foi casado com a Baronesa da Conceição, Dona Felisbina da Costa, falecida em Santo Antônio do Aventureiro no dia 12 de dezembro de 1889, poucos dias após a Proclamação da República.

Barão da Conceição


• Thereza da Costa, casada com Manoel Carlos Pereira e seus filhos foram: Lucinda, José Bebiano, Francisco Carlos, Manoel Carlos, Thereza, José Carlos, Marcelino e Antônio Carlos;
• Basílio Rodrigues da Costa, casada com Dona Carlotta Agostinha de Castro, filha do pioneiro Major Agostinho José Frederico Castro e seus filhos foram: Maria Carlotta, Cândida Maria – casada com José Hemenegildo da Costa Mattos, Marcelino, Joana, Agostinho Rodrigues da Costa - casado com a prima Dometilde Côrtes de Castro, José Basílio da Costa – casado com a prima Minervina de Castro Costa;
• Aureliano Calixto da Costa, casado com Dona Anna Teixeira Costa;
• Marcelino José Rodrigues da Costa, casado com Dona Maria Cherobina de Castro Mattos, filha de José Antônio de Mattos e de Dona Maria Ignácia Dorcelina de Castro, neta do Major Agostinho José Frederico de Castro.

Silvestre Pacheco Frederico de Castro – o filho

Sétimo filho do pioneiro Major Agostinho José Frederico de Castro e de sua esposa Dona Joana Batista Carolina do Vale, nasceu em Mar de Espanha no ano de 1827.
Casou-se com Dona Anna Cândida de Figueiredo Côrtes, nascida em Angustura no dia 20 de setembro de 1832 e era filha do pioneiro Joaquim Cesário de Figueiredo, nascido em 1800 e de Dona Maria Jesuína Côrtes, nascida em 1805.
Os avós paternos de Dona Anna Côrtes foram: José Antônio de Figueiredo e Rosa Rodrigues da Costa, filha de Manoel Rodrigues da Costa e Joana Teresa de Jesus; maternos, Alferes Francisco Gonçalves Couto e Anna Gonçalves Côrtes.
Silvestre Pacheco Frederico de Castro e Dona Anna Cândida de Figueiredo Côrtes, deixaram respeitável descendência:
• Dometilde Côrtes de Castro, casada com o primo Agostinho Rodrigues da Costa, nascido em 1860, filho de Basílio Rodrigues da Costa e Dona Carlotta Agostiniana de Castro. Ambos os netos do pioneiro Major da Guarda Nacional Agostinho José Frederico de Castro.


Dometilde Côrtes de Castro, casada com o primo Agostinho Rodrigues da Costa



Dometilde Côrtes de Castro e filhos


Tiveram os seguintes filhos:
•• Basílio Rodrigues da Costa Netto, casado com a prima Cizigambe Augusta de Castro Costa, filha de José Basílio da Costa e Minervina de Castro Costa;
•• Edina Rodrigues da Costa, casada em primeiro matrimônio com o primo Fidelcino Pacheco de Castro, filho de Serafim Pacheco de Castro e Theresa Paulina Xavier de Mattos, e em segundo matrimônio com Agostinho Lopes de Mattos, filho de Antônio Lopes e Maria Joaquina Xavier de Mattos – viúvo de Lídia Côrtes de Castro, filha de Procópio Pacheco de Castro e Joana Batista de Figueiredo Côrtes;
•• Mercedes Rodrigues da Costa, casada com Antônio José de Mattos;
•• Anna Carlotta Rodrigues da Costa, casada com Alberto de Figueiredo Costa;
•• Ester Rodrigues da Costa, casada com Elpidio de Castro Côrtes;
•• Agostinha Rodrigues da Costa, casada com Agnelo Mafra;
•• Serafim Rodrigues da Costa. Casado Isolina Carvalho;
•• Carlos Rodrigues da Costa, casado Alzira Ferrari;
•• José Agostinho Rodrigues da Costa, casado com Iolanda Cruz;
•• Silvestre Rodrigues da Costa;
•• Antônio Rodrigues da Costa, casado Francisca Manoel Rodrigues;
•• Maria Jesuína Rodrigues da Costa;
•• Alzira Rodrigues da Costa;
• Serafim Pacheco Côrtes de Castro foi casado com Dona Thereza Paulina Xavier de Mattos, filha de Antônio Lopes de Mattos e Maria Joaquina Xavier de Mattos e neta materna de Joaquim Xavier Ferreira e Maria Thereza Rodrigues da Costa.


Thereza Paulina Xavier de Mattos


Tiveram os seguintes filhos:
•• Anna Maria Pacheco de Castro, casada com Augusto Eugênio de Figueiredo Côrtes, filho de Francisco Cesário de Figueiredo Côrtes e de Dona Balbina Amélia Eugênia de Castro e neto materno do Major Agostinho José Frederico de Castro e Dona Joana Batista Rodrigues do Vale;
•• Berilo Pacheco de Castro, casado com Dona Maria Joaquina Xavier de Mattos, filha do Major Antônio Lopes Xavier de Mattos e de Dona Francisca Cândida de Rezende;


Os irmãos Fidelcino, Berilo e Francisco Augusto de Castro


•• Maria Joaquina de Mattos Castro;
•• Fidelcino Pacheco de Castro, casado com Dona Edina Rodrigues da Costa, filha de Agostinho Rodrigues da Costa e de Dona Dometilde Augusta Côrtes de Castro, neta paterna de Basílio Rodrigues da Costa e Dona Carlotta Agostiniana de Castro e neta materna de Silvestre Pacheco Frederico de Castro e Dona Anna Cândida de Figueiredo Côrtes;
•• Licério Pacheco de Castro;
•• Francisco Augusto de Castro, casado com Dona Olívia Olandim de Castro, filha de José Augusto da Costa Olandim e de Dona Maria Eugênia Olandim;
•• Macilia de Castro Xavier, casada com Francisco Augusto de Castro;
•• Dorvina de Castro, casada com Joaquim Sinfrônio Guedes;
• Procópio Côrtes de Castro, casado em primeiro matrimônio com Dona Joana Batista Figueiredo Côrtes, filha de Francisco Cesário de Figueiredo Côrtes e de Dona Balbina Amélia Eugênia de Castro e, em segundo, com Dona Leonídia Figueiredo Côrtes, irmã de sua primeira esposa.
Filhos do primeiro matrimônio:
•• Maria Balbina Côrtes de Castro, casada com Eloy Xavier de Mattos, filho do Major Antônio Lopes Xavier de Mattos de Dona Francisca Cândida de Rezende;
•• Joana Côrtes de Castro, casada com Aristides Henriques Soares;
•• Lídia Côrtes de Castro, casada com Agostinho Lopes de Mattos, filho de Antônio Lopes de Mattos de Dona Maria Joaquina Xavier de Mattos;
•• Eugênio Pacheco de Castro, casado com Dona Maria da Conceição Xavier de Castro.
Filhos do segundo matrimônio:
•• José Côrtes de Castro, casado com Dona Maria José Gribel;
•• Anna Côrtes de Castro, casada com Osvaldo de Castro Costa, filho de José Basílio da Costa e de Dona Minervina de Castro Costa;
•• Acácia de Castro Côrtes, casada com Sebastião Cherem;
•• Ofélia Côrtes de Castro, casada com Oscar Xavier Bastos, filho de Brás Xavier Bastos e de Dona Maria Joana Rodrigues da Costa;
•• Francisco Côrtes de Castro, casado com Dona Antônia Rosa Cinfo;
•• Leônidas Côrtes de Castro, casado com Dona Helena Aparecida Ribeiro;
•• Livio Côrtes de Castro, casado com Dona Maria Aparecida Mascarenhas;
•• Nicio Côrtes de Castro, casado com Dona Otília Côrtes de Castro;
•• Joaquim Côrtes de castro
••Vanor Côrtes de Castro.
• Maria de Figueiredo Côrtes de Castro, casada com o tio Joaquim Cesário de Figueiredo Côrtes, filho do Tenente Joaquim Cesário de Figueiredo e Maria Jesuína Côrtes Couto.
Tiveram os seguintes filhos:
•• Anna Cândida de Figueiredo Côrtes;
•• José Agostinho de Figueiredo Côrtes, casado com Dona Alaíde Amélia Siqueira Côrtes, filha de Luiz Maurício Rodrigues e de Dona Anna Carolina Siqueira Côrtes;
•• Mário Aristóteles de Figueiredo Côrtes, casado com Dona Anna Carolina Siqueira Costa, filha de Luiz Maurício Rodrigues e de Dona Anna Carolina Siqueira Côrtes;
•• Eurico de Figueiredo Côrtes;
•• Augusta de Figueiredo Côrtes, casada com Francisco Ignácio de Oliveira.

Cel. Antônio Augusto Frederico de Castro – o filho

Sexto filho do pioneiro Major Agostinho José Frederico de Castro e de sua esposa Dona Joana Batista Carolina do Vale, nasceu em Mar de Espanha que, mais tarde, transferiu-se para o município de São João Nepomuceno, onde comprou a fazenda Barra Danta.
Casou-se com Dona Augusta Barbosa de Castro, filha de Joaquim Barbosa de Castro e de Dona Anna Paula Leopoldina da Costa – irmã de Joaquim Barbosa de Castro, Barão de Além Paraíba.
Cel. Antônio Augusto Frederico de Castro e Dona Augusta Barbosa de Castro deixaram respeitável descendência:
• Arthur Frederico de Castro, casado em primeiro matrimônio com Dona Júlia Medina de Castro e, em segundo com Dona Theodora de Castro;
• José Augusto Frederico de Castro, casado com Joana Barbosa de Castro;
• Adolpho Frederico de Castro, casado com Dona Anna Pereira de Castro;
• Agostinho Frederico de Castro, casado com Dona Maria Angélica de Castro;
• Minervina de Castro Costa, casada com o primo José Basílio da Costa, filho de Basílio Rodrigues da Costa e de sua tia Dona Carlotta Agostiniana de Castro.
Seus filhos foram: Silvia, Graziela, Osvaldo, José Basílio, Emérito, Messias, Maria da Conceição, Edith, Alice, Cid, Sebastião de Castro Costa, Alayde e Sizimgabe.

Carlotta Agostiniana de Castro Costa – a filha

Primeira filha do pioneiro Major Agostinho José Frederico de Castro e de sua esposa Dona Joana Batista Carolina do Vale e foi casada no ano de 1846, com seu primo materno Basílio Rodrigues da Costa, que nasceu em 1865 e era filho do pioneiro Antônio José da Costa e de sua tia Dona Maria Luiza Rodrigues do Valle, proprietários da Fazenda Ribeirão de Santo Antônio.
Carlotta Agostiniana de Castro Costa e Basílio Rodrigues da Costa, deixaram respeitável descendência:
• Marcelino Rodrigues da Costa, casado com Anna Xavier da Costa;
• Agostinho Basílio Rodrigues da Costa, casado com Dona Dometilde Augusta Côrtes de Castro.
• Maria Carlotta Rodrigues da Costa, casada em primeiro matrimônio com Elizário Francisco de Souza e em segundo, com José Joaquim de Souza;
• Cândida Maria Rodrigues da Costa, casada com o Cel. Hermenegilgo da Costa Mattos;
• Joana Rodrigues da Costa, casada com Francisco Carlos Pereira;
• José Basílio Rodrigues da Costa, casado com a prima Minervina de Castro Costa, filha do Cel. Antônio Augusto Frederico de Castro e de Dona Joana Batista Carolina do Vale.
Seus filhos foram: Silvia, Graziela, Osvaldo, José Basílio, Emérito, Messias, Maria da Conceição, Edith, Alice, Cid, Sebastião de Castro Costa, Alayde e Sizimgabe.

Mauro Luiz Senra Fernandes – Historiador e Especialista em Educação. - Maio de 2010
Fontes:
Os Sertões de Leste – Achegas para a História da Zona da Mata - Celso Falabella de Figueiredo Castro
Famílias Tronco Nas Matas do Paraíba – Autor Desconhecido
Entrelaçamento Genealógico – José Côrtes Sigaud e Agostinho Teixeira Côrtes
As Família que Povoaram a Zona da Mata Mineira – Mauro Luiz Senra Fernandes