terça-feira, 19 de outubro de 2010

HENRIQUE HERMETO CARNEIRO LEÃO – BARÃO DO PARANÁ

Por Mauro Luiz Senra Fernandes







A Família de origem portuguesa, da região do Porto, estabeleceu-se no Brasil na metade do século dezoito, principalmente em Pernambuco, Rio de Janeiro e Minas Gerais. Para Pernambuco veio Manuel Netto Carneiro Leão e para Minas seu irmão Antônio Netto Carneiro Leão, que adquiriu datas de terra no então Arraial de São Luiz e Santana de Paracatu, para exploração de ouro e onde amealhou considerável fortuna.

Henrique Hermeto Carneiro Leão, titular do Império pelo Decreto de 16 de maio de 1888, nasceu na Província do Rio de Janeiro em 22 de novembro de 1847 e faleceu em 16 de março de 1916.

Era filho de Honório Hermeto Carneiro Leão, Marquês do Paraná – Ministro do Império, e de Maria Henriqueta Carneiro Leão, era neto paterno do Coronel Nicolau Neto Carneiro Leão e de sua primeira esposa, Joana Severiana Augusta Leonor e neto materno de João Neto Carneiro Leme e Anna Maria Leme, natural do Tijuco, hoje Diamantina, dos Lemes de São Paulo.

O Barão era uma figura austera e imponente, com suas suíças impressionantes. Foi casado com Zeferina Marcondes e com quem não teve filhos, filha do Comendador Francisco Marcondes Machado - falecido em 1872 e de Maria dos Remédios Marcondes dos Santos, neta paterna de José Machado Silva e Clara Francisca Marcondes do Amaral.

Fez o curso de Humanidades no Colégio Pedro II e em 1870 formou-se em Medicina pela Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro.

Foi adiantado fazendeiro no município fluminense de Sapucaia, onde com a morte de sua mãe, herdou a Fazenda do Lordello, banhada pelo córrego do Coruço e fica defronte a cidade de Além Paraíba. Foi um grande incentivador e colaborador do Dr. Paulo da Fonseca, para a construção do Hospital São Salvador em Além Paraíba.

O Barão do Paraná era irmão de Nicolau Neto Carneiro Leão, Barão de Santa Maria,de Maria Henriqueta Carneiro Leão, que se casou com Jerônimo José Teixeira Júnior, Visconde do Cruzeiro e Maria Emília Carneiro Leão, que se casou com Constantino Pereira de Barros, Barão de São João do Icaraí.

Seus conhecimentos científicos lhe proporcionaram várias contribuições no campo genético, desenvolveu a raça de gado zebuíno e podemos citar que foi um dos pioneiros no cruzamento industrial.
Homem escravizado na Fazenda do Lordello juntamente com um zebróide.
Em suas raras aparições em Além Paraíba eram espetaculares, de hábitos extravagantes, chamava a atenção quando atrelava em suas carruagens uma ajaezada parelha de zebróides, cruzamento de zebra com cavalo, que lhe rendeu uma medalha de honra ao mérito na Europa.

O Barão administrou a Fazenda do Lordello até morrer em 15 de março de 1916, a propriedade passou, em sistema de usufruto, para sua esposa, Zeferina Marcondes Carneiro Leão. O casal não tendo filhos, desde então, a fazenda passou por vários proprietários.


A Fazenda Lordello é uma das mais bonitas da região, foi construida na primeira metade do século XIX, em estilo mourisco pelo Marquês do Paraná, que no ano de 1841, adquiriu mais terras que faziam rumo com Lordello. Em 27 de março, o marquês do Paraná comprou do casal Manoel Antônio dos Santos e Maria Bernarda de Jesus mais uma porção; em 30 do mesmo mês, mais um tanto de D. Anna Victoria de Jesus; em 24 de maio, mais outra gleba de D. Constança Maria de Jesus e, finalmente, em 20 de marco de 1848, mais uma porção adquirida de Francisco José Soares e sua mulher D. Anna Umbelina Barbosa, completando assim uma área que correspondia, na época, a pouco mais que duas sesmarias de meia légua em quadra, ou seja, 500 alqueires geométricos de terra.
Mas sua localização perto da divisa fez com que sempre tivesse sua história ligada à Além Paraíba.
Atualmente, a Fazenda do Lordello serviu de cenário para a novela global "Irmãos Coragens" e o filme "Xangô de Baker Street".



O Barão do Paraná,em suas raras aparições em Além Paraíba eram espetaculares, de hábitos extravagantes, chamava a atenção quando atrelava em suas carruagens uma ajaezada parelha de zebróides, cruzamento de zebra com cavalo, que lhe rendeu uma medalha de honra ao mérito na Europa.

Adaptação dos textos de Egberto Mattos,José Aluísio Botelho e Carlos Eduardo Barata

 

 Residência do Barão do Paraná na cidade do Rio de Janeiro - na Rua Marquês de Abrantes

 

 

6 comentários:

  1. sou bisneto de Silvestre Jose Furtado Torres e Felisbina Maria D'Almeida.Sei que éra conhecido como "barao da torre".Minha avó éra Sebastiana Torres de Moraes, meu avô éra Manoel Dutra de Moraes.Estou tentando organizara arvore genealógica da familia,agradeço desde ja se tiver alguma informação que possa me ajudar.Meu nome é Vanderlan Oliveira de Moraes;vo.moraes@uol.com.br

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  2. meu nome é SERGIO EDUARDO CARNEIRO, NETO DE NILO CARNEIRO LEÃO E BISNETO DE HERNESTO CARNEIRO LEÃO E TATARANETO DE HERMETO CARNEIRO LEÃO, MORO EM PETROPOLIS RJ , MEU VO E BISAVO VIERAM DE NAVIO PARA O RIO COMO JÁ SÃO FALECIDOS PERDEMOS TOTAL CONTATO COM QUALQUER PARENTE EXISTENTE DA FAMILIA, CONTADO SOMENTE COM PARENTES LIGADOS A MEU BISAVO... MUITO OBRIGADO.

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    1. Conheço toda a árvore genealógica, tanto física quanto espiritual do Senhor Henrique Hermeto Carneiro leão. Se quiser saber mais me contacte. Desde já agradeço a sua gentileza e atenção.

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  3. Meus avós, Antônio Côrtes Villela e Yaya Magalhães Villela, foram proprietários por um longo período. Eu nasci em um dos quartos da sede e tive o prazer de viver na fazenda dos 9 aos 13 anos. Momentos inesquecíveis. Parabéns pelo blog. Abs, Alfredo Villela.

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  4. Correção: O apelido de minha avó era Iaiá. O nome de batismo, Eutrópia Magalhães Villela.

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  5. Parabenizei o blog, entretanto, vocês não citaram meus avós ou, sequer, responderam meus comentários. Lamentável.

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