terça-feira, 14 de setembro de 2010

COMENDADOR ANTÔNIO CARLOS TEIXEIRA LEITE

Por: Mauro Luiz Senra Fernandes






Nascido em 26 de julho de 1810, no município mineiro de São João Del Rey e faleceu no dia 20 de outubro de 1877, no município fluminense de Vassouras.

Pertencente a uma família de abastados cafeicultores fluminense - da chamada aristocracia cafeeira do Vale do Paraíba, era filho de Francisco José Teixeira - Barão de Itambé e de Francisca Bernardina do Sacramento Leite Ribeiro (1781-1864).

Era neto paterno do Capitão Francisco José Teixeira e Anna Josepha de Souza Rios e era neto materno do Sargento-Mór José Leite Ribeiro e Escolástica Maria de Jesus Morais.

Casou-se em primeiro matrimônio com sua prima-irmã Mariana Jesuína Teixeira, filha de José Joaquim Teixeira e Mariana Osório Teixeira de Souza e teve uma filha com o nome de Guilhermina Teixeira Leite, que foi crismada em Angustura - Distrito de Além Paraíba, no dia 4 de setembro de 1843.


Como falecimento de sua primeira esposa, casou-se com sua cunhada e prima, Umbelina Cândida Teixeira, nascida em 1823 e faleceu em 1873.

De seu segundo matrimônio, tiveram os seguintes filhos: João Olimpio Teixeira Leite - faleceu solteiro; Antônio Carlos Teixeira Leite Filho, casado com Emiliana Diniz de Figueiredo Côrtes -
sem sucessão; Custódio Teixeira Leite Sobrinho, casado com a prima Francisca Brito Teixeira Leite; Umbelina Teixeira Leite – Baronesa de São Geraldo, casada com Joaquim José Álvares dos Santos Silva – Barão de São Geraldo, filho do Coronel Antonio Abreu e Silva e Virgínia Ribeiro de Avelar; Ernestina Teixeira Leite, casada com Alfredo Leite Ribeiro - sem sucessão; Carlos Alberto Teixeira Leite, casado com sua prima Mariana de Abreu Teixeira Leite; Jorge Luiz Teixeira Leite, casado com Júlia da Silva Teixeira Leite; e Luciano Arnaldo Teixeira Leite - faleceu solteiro.

 
 Francisco José Teixeira - Barão de Itambé e de Francisca Bernardina do Sacramento Leite Ribeiro
 
Fazenda do Pântano em Além Paraíba MG
Residência do Comendador Antônio Carlos Teixeira Leite na cidade de Vassouras RJ
 
 Documento pertencente ao Comendador Antônio Carlos Teixeira Leite

No ano de 1874, inaugurava-se a Estrada de Ferro Leopoldina, ligada à economia do café, em expansão a partir de meados do século XIX, a ferrovia nasceu da iniciativa de fazendeiros e comerciantes da Zona da Mata Mineira, acostumados a transportar a produção de café da maneira tradicional, por tropas de mulas, até os portos do litoral. No retorno, os tropeiros traziam produtos manufaturados e um dos principais financiadores da construção foi o Comendador Antônio Carlos Teixeira Leite.

Os trabalhos desenvolveram-se com rapidez, sendo esse trecho inaugurado em 8 de outubro de 1874, na presença do Imperador D. Pedro II e de autoridades civis e eclesiásticas. Este trecho contava com três estações - São José (São José d’Além Parahyba), no quilômetro 3, Pântano (atual Fernando Lobo), no quilômetro 12, e Volta Grande, no quilômetro 27 -, cinco locomotivas (duas Rogers, duas Baldwin e uma belga, batizadas de Visconde de Abaeté, Conselheiro Theodoro, Godoy, Cataguazes e Pomba), oito carros de passageiros e quarenta e oito vagões de carga.

Imperador Dom Pedro II na Estação de Porto Novo do Cunha - Minas Gerais
- óleo sobre tela de Andréa Senra Coutinho
 
Em Além Paraíba, o Comendador Antônio Carlos foi proprietário da Fazenda do Pântano, que mais tarde passou a pertencer ao seu genro Barão de São Geraldo, na atual localidade de Fernando Lobo. Em abril de 1881, a Fazenda do Pântano recebeu a ilustre visita do Imperador Dom Pedro II e a Imperatriz Dona Thereza Cristina, quando estavam em viagem à Província de Minas Gerais.

A Estação do Pântano recebeu, futuramente, o nome de Antônio Carlos e, hoje, é chamada de Fernando Lobo.
 Estação do Pântano atual Fernando Lobo
Barão e Baronesa de São Geraldo
 Joaquim José Álvares dos Santos Silva – Barão de São Geraldo

Capela Nossa Senhora do Rosário do Pântano - completamente abandonada, esta situada na antiga Fazenda Pântano. Sua construção iniciou em 1876 com término em 1879.





8 comentários:

  1. Meus bisavós se casaran na capela de Nossa Sra. do Rosario, na fazendo do pântano em 1896, onde posso encontrar estes registros relativos a esta epoca?
    Meu email é cantarigv@hotmail.com

    Obrigado

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  2. Em 1896 a Fazenda do Pântano pertencia a São José de Além Paraíba. Quem eram seus bisavós? Pertenciam a família ou eram colonos da Fazenda?

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  3. Meus bisavós eram colonos italianos, Angelo Michele Cantarin e Anna Biasucci.Meu bisavõ, no registro de meu avõ em abril de 1897 em Abaiba, relata ter casado na fazenda do pantano. Estou procurando pelo seu registro de casamento.
    Obrigado.

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  4. Minha avó Alaide Nogueira Pontes, nascida Alayde Teixeira Nogueira, nos contava suas visitas ao Pantano, propriedade de sua prima e também madrinha, Baronesa de São Geraldo. Havia uma outra fazenda também na região chamada Gironda que igualmente era tópico de historias pitorescas.
    Meus irmãos, primas e eu passamos nossas infancias apreciando as historias de minha avó, descrevendo com detalhes a fazenda com suas palmeiras imperias, seu cemitério de escravos, o quarto do imperador, o comportamento da Baronesa e sua irmã, que envelheceram juntas na fazenda.
    Joara kassis

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  5. Bom dia senhor sebastiao.gostaria de saber se o senhor conseguiu localizar o registro de casamento dos seus bisavós.Eu também estou em busca deste registro.caso o senhor puder me ajudar desde senha agradeço.
    Rosangela

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    1. Boa noite, também estou em busca de um registro de casamento realizado na Fazenda do Pântano. Você conseguiu alguma informação

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  6. Boa noite, desconfio que minha bisavó nasceu nessa fazenda, filha de imigrante italiano. Onde estão esses registros? obrigada

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    1. Rodrigo Rosas Fernandes25 de junho de 2022 às 19:26

      Dependendo da época, a Lei de Registros Públicos ainda não havia sido promulgada. Provavelmente no Livro de Registros da própria Igreja.

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