quinta-feira, 6 de dezembro de 2018

ALÉM PARAÍBA - COLUMBANO FARIA DUARTE



Minha terra!
É linda sim...
cidade original, com uma rua só,
tão cumprida, tão cumprida,
que a gente pensa
que ela não tem fim...
De um lado, o rio,
de outro lado, a serra,
e no meio, apertada, expremida,
Minha terra!...
Uma rua só
com uma porção de nomes,
de barão, de coronel, conde...

Por essa rua, o trem e o bonde
Passam velozes, levantando pó...


Serra dos monos! Ela sangou-se
com o rio, se afastou-se...
ficou um largo.
Há no largo um jardim,
no jardim um coreto, quando Domingo,
toda fardada e correta
a "Sete de Setembro" faz retreta.
(Em volta passeando,
as garotas vão conversando,
vão namorando...)


Minha terra!...
O que embeleza minha terra
não é a serra,
é op rio,
ou melhormente,
são as ilhas,
filhas,
verdes e joviais
do rio,
que cerca e abraça
carinhosamente,
com seus longos braços pluviais...
Tem ilha de cima,
tem ilha de baixo
Ilha gama Cerqueira
e tem pontes.
Cada ponte fica cheinha
de gente que passeia aos pares....
E a brisa ligeira
que sobe do rio
refresca os ares.


Anoitece... De repente
Sem ter vergonha da gente
Que passeia nas pontes,
Dindinha Lua
todinha nua
sem "maillot" e sem anáguas,
dá um salto lá de riba,
e vem banhar-se nas claras águas
do Paraíba...
E fica boiando,
Fica bailando
à flor das águas.

Além Paraíba, minha cidade
Quanta saudade...