
A corrida na grande área povoada pelos Puris surgiu a partir da primeira década do século dezenove, quando se irradiou o interesse pelas lavouras de café no Vale do Paraíba e, na Zona da Mata Mineira, os grandes senhores, vindos da zona da mineração da Província de Minas Gerais – São João Del Rey, Mariana, Congonhas, Barbacena, receberam sesmarias.
Grandes famílias se formaram desta busca pelas terras férteis do lado as Minas Gerais, povoando a larga faixa dos “Sertões do Leste”, e, das matas virgens surgiram grandes fazendas de café cujo esplendor, decantado por viajantes, deixou de brilhar quando faltou o braço valente do negro escravo.
Um desses corajosos e destemidos pioneiros foi Manoel Alves Garcia, que nasceu em Ibitipoca no ano de 1804 e faleceu em 19 de agosto de 1888, era filho de Manoel Alves Antunes e Maria Angélica de Santo Ignácio e neto materno de José Rodrigues Braga e Bernardina Caetana do Sacramento – tia do pioneiro Antônio Dutra Nicácio.
Casou-se no ano de 1830, com Bernardina Carolina de Jesus, nascida em Barbacena no ano de 1818 e era filha do Cel. João Ferreira da Fonseca e Josepha Maria de Assumpção.
De seu matrimônio, tiveram os seguintes filhos:
• Cândido Alves Garcia, faleceu criança;
• Elias Alves Garcia, batizado em 30 de julho de 1843 em São José de Além Paraíba, era fazendeiro em Santo Antônio do Aventureiro, foi casado com Mariana Antônia de Jesus;
• Carlos Alves Garcia, era fazendeiro em Santo Antônio do Aventureiro, casou-se no dia 1 de outubro de 1870, na Fazenda da Boa Vista, com Carlotta Carolina de Jesus, filha de Carlos José Ferreira e sua prima Carolina Maria de Jesus;
• José Alves Garcia, nascido em 1833;
• Honório Alves Garcia, fazendeiro em Santo Antônio do Aventureiro, nasceu no ano de 1835;
• Prudente Alves Garcia, fazendeiro em Santo Antônio do Aventureiro, nasceu em 1837 e casou-se com Maria Gertrudes dos Santos Garcia;
• Luiza Alves Garcia, nasceu na Fazenda da Boa Vista, casou-se em janeiro de 1875, com o Capitão José de Oliveira Senra, filho de Manoel de Oliveira Senra proprietário da Fazenda Vargem Grande do Rio Angu – em Monte Verde e Maria Luiza de Jesus.
O Capitão José de Oliveira Senra, foi proprietário da Fazenda Deus Proteja, em Santo Antônio do Aventureiro;
• Camilla Carolina de Jesus, casada com o primo Rodolpho Martins do Couto, proprietário da Fazenda Estrela, filho dos tios Antônio Martins do Couto e Maria Victória de Jesus;
• Josephina Carolina de Jesus casou-se no dia 1 de julho de 1871, com João Ferreira Martins, nascido e batizado na Capela do Curral Novo, filho de José Ferreira Martins e Eupharia Philomena de Jesus; e
• Cândida Carolina Alves Garcia, que nasceu em 1851, na Fazenda Boa Vista em Santo Antônio do Aventureiro, faleceu na Fazenda da Barra do Peixe em 1889 e foi a segunda esposa de seu tio Comendador Simplício José Ferreira da Fonseca.
Por influência da família de sua esposa, os Ferreira da Fonseca e Ferreira Armond, Manoel Alves Garcia veio para a região próxima de Além Paraíba e formou a prospera Fazenda da Boa Vista, localizada nas proximidades da Fazenda Barra do Peixe, que pertencia ao seu cunhado e mais tarde genro, o Comendador Simplício José Ferreira da Fonseca.
Alves Garcia passou alguns anos na vida árdua e braçal, acompanhado de seus escravos e outros empregados, derrubando matas, preparando os campos para o plantio, construindo as senzalas e o casario de serviço e tudo o que envolvia a implantação da “Boa Vista”.
As primeiras colheitas, cinco anos depois, asseguraram o empreendimento promissor e foi iniciada a construção do casarão para a moradia de sua família, e a capela onde a maioria dos filhos se casou. A grande fazenda, no início de sua formação, pertencia a Mar de Espanha, depois a Além Paraíba e atualmente a Santo Antônio do Aventureiro após sua emancipação política.