Por Mauro Luiz Senra Fernandes
Além Paraíba, ao completar 128 anos de vida como cidade emancipada. Assim que, pela promulgação da Lei 3.100, de 28 de setembro de 1883, foi a Vila de São José de Além Paraíba elevada à categoria de cidade; contudo remonta a 25 de agosto de 1811 a época em que o alferes Maximiano Pereira de Souza, escolheu o logradouro para a construção da capela de São José, nas proximidades a barra do ribeirão do Limoeiro, afluente do rio Paraíba do Sul. Para o futuro município, que então surgia comunidade mineira, foi demarcada a área compreendida entre as cachoeiras de Sapucaia e a do Remanso, região coberta por grandes matas.
Já em 1824não havia terras devolutas em torno do povoado, que se desenvolvia vertiginosamente, com grande movimento de tropas transportando a produção da região para os centros consumidores, transpondo o rio Paraíba do Sul, em frente a Vila de Santana (atual Jamapara) na província do Rio de Janeiro.
Além Paraíba foi de povoado a vila e de vila a cidade. Mas, somente, em 1880, oito anos antes de ser proclamada a república, foi sancionada a lei criando o município de São José de Além Paraíba, composto das freguesias do mesmo nome de Santana de Pirapitinga e Madre de Deus do Angu (Angustura), desmembradas do município de Mar de Espanha. Surgiram as grandes fazendas produtoras de café, que dominaram as matas do vale do Paraíba.
Em 1872 os trilhos da Estrada de Ferro chegaram à Vila e era inaugurada a Estação de Porto Novo, construída nas proximidades do antigo porto das barcas. Data daí a crescente prosperidade do município, considerado como um dos maiores produtores de café, promovendo uma grande influência no meio econômico e financeiro do império brasileiro, ressaltou a extensão da ferrovia, instalando suas oficinas, empreendimento que possibilitou o desenvolvimento do novo bairro da cidade, já, então, denominado Porto Novo.
A instalação oficial do município realizou-se a 22 de janeiro de 1882. Os vereadores elegeram o presidente da primeira Câmara Municipal, o Coronel Joaquim Luiz de Souza Breves, fazendeiro, pertencente à tradicional família mineira. A Comarca de São José de Além paraíba foi criada na primeira vigência da república, pela Lei 132, de 2 de julho de 1890 e coube ao Dr. Francisco Cordeiro Lobato, a sua instalação em 31 de outubro do mesmo ano, todavia o Dr. Francisco de Paula Tavares foi a primeira autoridade judiciaria de nossa terra, com sua nomeação em 1880, para o cargo de Juiz Municipal da Vila.
O Vale do Paraíba, o qual está geográfica, política e historicamente ligado a nossa cidade, forneceu ao império a sua base econômica e deu-lhe em consequência, gerações de estadistas notáveis; Souza Breves possuía um exercito de seis mil escravos, distribuídos por cerca de vinte fazendas, o Barão de Nova Friburgo construía com o dinheiro do café o Palácio do Catete. Em Vassouras e Cantagalo eram recebidas diretamente da Itália, para seus teatros, companhias líricas, para o brilho de sua vida social. “O Brasil era o Vale”, isso na primeira fase do esplendor do café.
Além Paraíba que está com seus 128 anos de vida emancipada, ainda está na infância, comparando-se com as cidades de Paris, Roma, Atenas e mesmo São Paulo, Rio de Janeiro e Salvador, no Brasil, já é uma cidade brilhante. O processo de desenvolvimento de Além Paraíba é encadeado por uma administração humanista, de valorização do ser humano e buscando sempre a qualidade de vida de seus cidadãos.
Adaptação do texto do farmacêutico Artur Herdy de Oliveira
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FANTÁSTICO ESTE DOCUMENTÁRIO MAURO, SE PUDER, POSTE PARA MIM A FOTO DO INICIO DA CONSTRUÇÃO DA PRIMEIRA IGREJA BATISTA. ABRAÇÃO E OBRIGADO
ResponderExcluirExcelente! Obrigada por compartilhar a rica história cultural de Além Paraíba.
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