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quarta-feira, 3 de junho de 2015

A PONTE DE PORTO NOVO E A FAMÍLIA CARNEIRO LEÃO


Por Mauro Luiz Senra Fernandes



O Marquês do Paraná - Honório Hermeto Carneiro Leão, que desde 1836 era fazendeiro de café no Vale do Paraíba e proprietário da Fazenda do Lordello, conhecida em Além Paraíba como Fazenda do Barão, em Jamapará – distrito da cidade fluminense de Sapucaia, única fazenda em estilo mourisco no Brasil, foi grande responsável por uma política de favorecimento da agricultura, principalmente através da abertura e do melhoramento de estradas para o interior. Através de seu prestígio é que foi construída a ponte que liga Estado do Rio de Janeiro a cidade mineira de Além Paraíba no bairro de Porto Novo, o que facilitou o escoamento da produção de café das cidades fluminenses de Duas Barras, Sumidouro, Carmo e da própria Fazenda do Lordello para a Estação Ferroviária de Porto Novo que, até então, era feita através de barcos.


O seu filho, o Barão do Paraná - Henrique Hermeto Carneiro Leão, que herdou a Fazenda do Lordello, ficou responsável pela manutenção da referida ponte que foi construída em aço, mas o piso era de madeira. O fato comprovado através de correspondências do Barão do Paraná enviada para o seu sobrinho Henrique José Carneiro Leão Teixeira, filho de sua irmã Maria Henriqueta Carneiro Leão – Viscondessa do Cruzeiro e de Jerônimo José Teixeira Júnior - Visconde do Cruzeiro.

Henrique Hermeto Carneiro Leão, titular do Império pelo Decreto de 16 de maio de 1888, nasceu na Província do Rio de Janeiro em 22 de novembro de 1847 e faleceu em 16 de março de 1916.
Foi casado com Zeferina Marcondes e com quem não teve filhos, filha do Comendador Francisco Marcondes Machado - falecido em 1872 e de Maria dos Remédios Marcondes dos Santos, neta paterna de José Machado Silva e Clara Francisca Marcondes do Amaral.

Em Além Paraíba, foi um grande incentivador e colaborador do Dr. Paulo da Fonseca, para a construção do Hospital São Salvador.

O Barão administrou a Fazenda do Lordello até morrer em 15 de março de 1916, a propriedade passou, em sistema de usufruto, para sua esposa, Zeferina Marcondes Carneiro Leão. O casal não tendo filhos, desde então, a fazenda passou por vários proprietários



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