Por Mauro Luiz Senra Fernandes
Da esquerda para a direita em pé: Quilita, Valfrido, Massapão, Tonico e Quinquin. – Agachados na mesma ordem Haroldo, Garcia, Celso, Tozico e Boca Rica
Um jogador de futebol vale, não apenas por aquilo que produz ou pelo que rende tecnicamente, por seus malabarismos, por sua arte de fazer ou defender gols. Um bom futebolista, que se queira credenciar à administração dos torcedores, dos cronistas esportivos, atraindo para os campos verdadeiras massas de assistentes ansiosos para aplaudi-lo, é aquele de conduta exemplarmente disciplinar.
Mesmo nos instantes adversos de uma pugna, ele precisa saber se conduzir, não desmerecendo a confiança de seus companheiros de equipe, por outro lado, não faltando aquele dever que todo “crack” (digno desse nome) tem para com o público. Fugir dos conflitos, aos sururus, às brigas, e aos xingamentos ao arbitro, bandeirinhas, demais autoridades oficiais e adversários,
Um futebolista exemplar é aquele que mede no devido termo o valor de uma vitória e recebe com estoicismo a derrota, não descambando para o desespero ou para alijamento da culpa de revés sobre os ombros dos outros que, de igual para igual com ele pelejaram em busca da vitória, contingência de uma partida de futebol conforme são a derrota e o empate.
Enfim, um “crack” de futebol se caracteriza mais por um sem numero de qualidades e virtudes, entre as quais o cavalheirismo, a educação dentro e fora do gramado, a consciência elevada ante a critica que lhe aponta os erros técnicos ou as falhas cometidas em uma porfia.
Além Paraíba tem a felicidade de possuir esplêndidos atletas, técnica e disciplinarmente. E entre tantos, um faz bem o jus ao troféu Belfort Roxo, já que seu modo deve agir vem se pautando por uma norma de indefectível lisura,
Referimo-nos a Francisco de Almeida França – o popular Quilita, goleiro campeão do esporte Clube Independente. Moço é, no entanto, um veterano de nossas canchas esse rapaz, nascido bem aqui em nossa terra, aparecendo, como quase todo mundo alias, nas “peladas” de bola de pano, depois no Tigre Futebol Clube, que ajudou a fundar e mais tarde no CIAP Esporte Clube, onde sagrou campeão e de onde se bandeou para o atual grêmio.
Muitas vitórias, um cartel imenso de belos feitos, de gratas recordações, entremeando sim, e porque não dizê-lo se nisso nada há de desastroso? De algumas atuações infelizes, malsinadas.
Mas somente os que não vivem dentro do futebol estão livres dessas contingencias, que em nada desmerecem o valor de Quilita como jogador de futebol.
Ordeiro, fugindo às questiúnculas além e aquém do gramado, preparador e forjador de novas gerações de futebolísticos, Francisco de Almeida Franca é credor do penhor esportivo alemparaibano. Nas sumulas seu nome aparece na lista dos que jogam.
Adaptação do texto da A Gazeta de 7 de dezembro de 1952
Meu nome é Victor. Quilita, ou França se preferir, foi meu padrinho de crisma em 1981. Saudades dele. Pessoa importante na minha vida.
ResponderExcluirFrança, ou Quilita, se preferir, foi meu padrinho de crisma em 1981. Saudades dele. Pessoa importante na minha vida.
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