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sexta-feira, 28 de julho de 2017

LUIZ ROUSSEAU BOTELHO - Um alemparaibano de coração



Por Mauro Luiz Senra Fernandes




Desenho: Solange Botelho


Foi um escritor memorialista, que publicou diversos livros narrando a sua trajetória e experiências em sua cidade natal Leopoldina e em Além Paraíba - onde viveu até o seu falecimento em 5 de julho de 1993,  descreve ainda, o cotidiano a vida rural das família mineiras do final do século dezenove e início do século vinte. 

Autor dos livros: “Dos 8 aos 80 (1979), Alto Sereno (1981), Moinho de Fubá (1982), Coração de Menino (1984) e “Luizinho (1989).

Nasceu no município de Leopoldina, no dia 20 de fevereiro de 1892 e era filho do Cel. Luiz Eugênio Botelho Falcão e Emília Antunes Botelho.

Segundo o prefácio do livro Alto Sereno, Rousseau foi acrescentado ao nome de Luiz por um seu irmão em referência a Jean-Jacques Rousseau, filósofo suíço, nascido em Genebra, figura marcante do iluminismo francês.

Era neto paterno do português dos Açores Luiz Botelho Falcão e neto materno do Major José Antunes Pereira – proprietário da Fazenda da Gloria.

Em seu livro “Dos 8 aos 80”, o seu primeiro trabalho foi como ajudante de seu irmão Luiz Emílio numa farmácia em Tebas – distrito do município de Leopoldina. Depois, foi admitido como empregado da Gazeta de Leopoldina e em 1913 foi para a Cia. Força e Luz Cataguases Leopoldina, dali saindo em 1914 para trabalhar na Cia. Mineira de Eletricidade em Juiz de Fora. Em 1920 era microscopista no Posto de Profilaxia em Campo Limpo, distrito de Leopoldina, sendo depois transferido para o Posto de Profilaxia de Além Paraíba. Em 1921 foi designado para Tombos do Carangola para combater um surto de Tifo. Em 1923 a Brasilian Light and Power, na Ilha dos Pombos, em Além Paraíba era o seu local de trabalho. Depois passou a ser funcionário da Light em São Paulo, Pirapora e Santos. Em 1930 tornou-se funcionário da Prefeitura de Além Paraíba, trabalhando em Pirapetinga como encarregado do serviço de abastecimento d'água que vinha do rio que deu nome àquele município. Em 1933 voltou a trabalhar para a Light em Além Paraíba.

Em 18 de junho de 1921, casou-se com a professora Joaquina de Almeida Santos, filha de Antonio de Almeida Santos – “Tonico Fiscal” e de Alzira do Carmo Braga – “Zita” e tiveram os filhos: Maria Josephina Botelho, a artista plástica Solange Botelho e José de Almeida Botelho.