Por Mauro Luiz Senra Fernandes
Desde os tempos mais remotos, a demonstração de amor de um homem para uma mulher vem sendo manifestada através de grandes obras.
Não se tem notícia na história do mundo de uma prova de amor tão deslumbrante quanto o Taj Mahal, uma das mais belas e perfeitas obras já executadas. Inteiramente de mármore branco e absolutamente simétrico, ninguém consegue ficar impassível diante de sua suntuosidade.
Pode-se dizer que o Taj Mahal é o resultado do desespero e da loucura por um amor perdido. Localizado em Agra, norte da Índia, ele é um mausoléu, idealizado pelo imperador Shah Jahan para receber o corpo de sua esposa, a princesa Arjumand Banu – também chamada de Mumtaz-I-Mahal (Favorita do Palácio). Eles se casaram em 1612 e, em 1631, devido complicações durante o parto do décimo quarto filho, Mumtaz faleceu. Arrasado, o imperador decidiu que construiria um local digno para que sua amada pudesse descansar em paz.
Em Além Paraíba, uma demonstração de amor fez surgir um belo prédio, bem mais modesto que o Taj Mahal, mas o amor não; quase que podemos chamá-lo de palácio por causa de suas magníficas pinturas em suas varandas e pelo projeto arquitetônico. Esse prédio localiza-se na descida da Vila Laroca, onde os atuais proprietários são a Sra. Sônia França e sua família.
Essa casa foi construída em 1928 pelo industrial italiano Affonso Sálvio, nascido em 6 fevereiro de 1880 e falecido na explosão de 3 de dezembro de 1930, em Porto Novo. Na eira da casa homenageou sua amada esposa de “Villa Maria Victória”.
Maria Victória era neta de pioneiros em nossa colonização, cujos avós paternos eram o sesmeiro Antônio Martins do Couto e sua esposa Maria Victória de Jesus (Ferreira da Fonseca). Seus pais eram Rodolpho Martins do Couto e Auta de Souza Guerra (segundo matrimônio).
Infelizmente, em virtude do precoce falecimento de seu amado esposo, Maria Victória não pôde usufruir de sua companhia na nova residência. Ela, junto com seus filhos, viveu nessa casa até os últimos dias de sua vida.
Indiscutivelmente, a construção dessa residência, batizada de “Villa Maria Victória”, foi uma bela demonstração de amor de um homem para uma mulher.
A viúva Maria Victória e seus filhos na varanda de sua residência.
O italiano Affonso Salvio
quarta-feira, 8 de junho de 2011
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Boa noite
ResponderExcluirQual e a idade da Auta de Souza Guerra
Ela pode ser a minha tia avó!
Essa é uma linda história d amor d meu avô por minha avó, infelizmente não os connheci, mais passei uma parte d minha infância nessa casa,sou filha caçula de Afonsina Salvio a caçula de quinze irmãos a única sobrevivente com oitenta e cinco anos minha vó estava grávida d minha mãe qdo meu avô veio a falecer.
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