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domingo, 12 de junho de 2011

MANOEL FERNANDES DA SILVA – Um Pioneiro Português Na Fabricação de Pães Em Além Paraíba

Por Mauro Luiz Senra Fernandes





Porto de Funchal - Madeira - Portugal

No Estado do Rio, a primeira padaria do português Manoel Fernandes da Silva... que após muito trabalho,
 transferiu-se para Porto Novo e montou a Padaria Progresso.

Esse era o meu avô paterno, português vindo de uma vila de pescadores da Freguesia de Câmara de Lobos, Ilha da Madeira, tornou-se um dos grandes panificadores de Além Paraíba. Homem simples e trabalhador deixou muito moço as terras lusitanas, prosperou honestamente, juntamente com sua esposa, tendo trabalhado cortando lenha e fazendo pães, biscoitos e brevidades que são lembradas até os dias de hoje.














Nasceu no dia 19 de fevereiro de 1872, no Sitio da Torre, na Ilha da Madeira, e era filho do lavrador Manoel Fernandes da Silva e de Silveria Augusta de Jesus. Do lado materno era neto de João Fernandes da Silva e Joaquina Maria de Jesus; do lado materno de Antônio Pereira e Maria Joaquina de Jesus.Com apena dezessete anos de idade, junto de seu irmão Francisco Fernandes da Silva, vieram para o Brasil num vapor alemão, embarcando em Funchal e desembarcando no porto do Rio de Janeiro. No Brasil, seu irmão tornou-se maquinista de ferrovia, vivendo na cidade mineira de Sete lagoas e casando-se com Izabel Fernandes da Silva. Tiveram uma única filha, Zena Fernandes da Silva. Na Ilha da Madeira deixou duas irmãs: Firmina Matilde Fernandes da Silva Abreu e Georgina Eulália Fernandes da Silva.

 Padaria Progresso - ao lado da garagem do bonde elétrico em Porto Novo
Manoel Fernandes da Silva tornou-se padeiro em Além Paraíba. Sua primeira padaria foi em Jamapará – Distrito de Sapucaia, tendo transferindo-se para Porto Novo, onde criou a Padaria Progresso que ficava na Rua Adão Araújo, ao lado da garagem dos bondes elétricos e em frente a Fabrica de Papel Santa Maria. Com muito trabalho e dedicação, esse português simples prosperou, como forma de investimento, adquiriu muitos imóveis, tornando-se um dos maiores proprietário do bairro, possuindo mais de trinta casas residências e comerciais.
 
Em 31 de dezembro de 1913, na cidade fluminense de Três Rios, casou-se com Emygdia Fernandes da Silva, natural da cidade do Carmo, Estado do Rio de Janeiro, que nasceu em 1881 e era filha da ex-escrava Luiza da Conceição e filha adotiva de sua madrinha Arminda Bastos.

De seu casamento nasceram três filhos: Georgina Fernandes da Silva; Manoel Fernandes da Silva Filho, casado com Carmem Tepedino da Silva; e Waldyr Fernandes da Silva, casado com a professora Bernardina Senra Fernandes.

Em 1928, voltou à sua “terra natal” juntamente com seu filho Manoelzinho e trouxe para o Brasil dois sobrinhos: Zezinho e João da Silva Abreu.

Manoel Fernandes da Silva, pertenceu à Loja Maçônica “Aspásia Hiram do Parahyba”.
Foi um esposo e pai amoroso, um avô afetivo e um amigo fiel. Faleceu em Além Paraíba no dia 18 de março de 1964. Sua esposa Emygdia faleceu em 1º de fevereiro de 1984.

Os filhos: Georgina, Manoel e Waldyr Fernandes da Silva
 


Sua residência na Av. Dr. Antônio Augusto Junqueira, no Porto Velho.














Sra. Emygdia Fernandes da Silva, na residência de seu filho Waldyr Fernandes da Silva

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