Um líder da operosa e estimada colônia libanesa em Além Paraíba
Por Mauro Luiz Senra Fernandes
Nasceu em Karfar-Mai, no Líbano, em 15 de agosto de 1872. Era filho de Chaim Jorge Abu-Chidid Gadab e Astir Abu-Chidid Gadab e veio para o Brasil em maio de 1889, no ano da proclamação da república. Fez-se, pois, brasileiro pela grande naturalização e soube se mostrar digno da sua pátria adotiva pelo trabalho e pela honradez.
Iniciou sua vida na dura e penosa lida de mascate, palmilhando nosso município de lado a lado e deixando atrás de si, nesse peregrinar constante, como traços inconfundíveis de sua personalidade, cavalheirismo e afabilidade, além de permanente alegria.
Fez-se depois agricultor e comerciante e, neste ramo, com uma tenacidade invejável, chegou a dirigir a mais importante casa atacadista desta região.
Foi nomeado Capitão da Guarda Nacional pelo Marechal Hermes da Fonseca e carregou sempre com ufania essa patente honorífica. Exerceu nos quatriênios de 1924-1928 e 1929-1932 a judicatura de Juiz de paz.
Com o Barão de São Geraldo e posteriormente com os Castelos Branco e Dr. Antônio Augusto Junqueira, marchou politicamente em toda sua vida, oferecendo extraordinário exemplo de coerência política e fidelidade partidária.
Faleceu o Capitão Jorge José Fortes no ano de 1952, aos 80 anos de idade, depois de viver mais de 62 anos em nossa terra exemplarmente. Foi casado com Maria Natalina Martins do Couto – “Dona Sinhá”, pertencente à tradicional e pioneira família Martins do Couto, filha do Coronel Francisco Martins do Couto e de Anna Cândida da Costa, que abriu a Fazenda da Prata, em Benjamin Constant neta paterna de Antônio Martins do Couto e Maria Victória de Jesus (Ferreira da Fonseca) e Julio Aureliano Couto e Anna Cândida da Costa.
De seu casamento nasceram os seguintes filhos: Anita, José, Francisco, Antônio, Nair Fortes Abu-Mery, Elvira, Maria de Lourdes, Jorge e Oscar.
Seu filho José Martins Fortes, foi morto no cumprimento do dever na catástrofe de dezembro de 1930, em Além Paraíba.
Sua mãe Astir Abu-Chidid Gadab
Capitão Jorge José Forte faleceu em residência em Porto Novo, sua casa foi pequena para acolher nesse dia quantos quizeram testemunhar ao ilustre morto sua respeitosa reverência e sincero pezar. "Ninguém faltou, porque Capitão Jorge Fortes jamais faltou uma palavra afetiva, um abraço amigo, um gesto de carinho em todas as circunstâncias aflitivas ou alegres da vida. Onde quer que houvesse uma dor ou uma alegria ali estaria ele presente."
quinta-feira, 28 de abril de 2011
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