sexta-feira, 25 de março de 2011

OLNEY DE FREITAS DRUMOND - O Empresário do Transporte em Além Paraíba

Por Mauro Luiz Senra Fernandes



Olney de Freitas Drumond no Sindicato Rural de Além Paraíba

Olney de Freitas Drumond, sua esposa Lectícia Fernandes de Freitas, seus filhos Wolney Freitas e Olney de Freitas Drumond Filho e sua nora Celene de Morais Freitas


Família Freitas em ocasião das Bodas de Prata de Lectícia e Olney de Freitas Drumond


Lectícia Fernandes de Freitas com as netas Andreia de Souza Freitas, Vania Beatriz Morais de Freitas e a sobrinha-neta Bianca de Freitas Baranda, na Fazenda Bemposta.

Filho de Tranquilino Avelino de Freitas e Ambrozina Teixeira Marinho de Freitas, nasceu em 19 de novembro de 1917, na cidade mineira de Patrocínio de Muriaé. Casou-se em 21 de julho de 1938 com a professora Lectícia Fernandes de Freitas, filha do comerciante Antônio Gonçalves Fernandes (Timbira) e Hermínia Barbosa Fernandes (Dona Pequetita) e tiveram os seguintes filhos: Wolney, José Mauro e Olney de Freitas Drumond Filho.

Iniciou seus estudos na cidade mineira de São Lourenço, uma das mais importantes estâncias hidrominerais de Minas Gerais. Em 1932, mudou-se para Além Paraíba, onde trabalhou como enfermeiro no consultório de seu irmão, o médico Dr. José Avelino de Freitas. Também trabalhou na Torrefação de Café Castelo. Aos dezoito anos arrendou a Padaria Progresso, do imigrante português Manoel Fernandes da Silva, prosperando no ramo. Em 1945, juntamente com vários sócios, fundou a empresa Citran Ltda que fazia o transporte dos produtos manufaturados pela Fabrica de Papel Santa Maria até o Rio de Janeiro.

No início dos anos 50 as empresas de transportes de passageiros EVA e Pássaro Marrom, que faziam a linha de Além Paraíba e região para o Rio de Janeiro decidiram não mais operar porque as estradas eram de péssima qualidade. No mesmo período, vários sócios da Citran Ltda. saíram da sociedade, restando Olney de Freitas Drumond, José Edson de Freitas Drumond, José Wantuil de Freitas, José Amadeo Délia e Yalmo de Marca, que transferira o ramo da empresa de transporte de carga para o de passageiros, operando nas linhas que haviam sido abandonadas.

Em 1957, com o objetivo de dinamizar os negócios, a empresa teve a sua direção transferida para a cidade do Rio de janeiro. Na então Capital Federal ela foi considerada uma das mais importantes no ramo de transporte interestadual de passageiros, com linhas que ligavam aquela cidade a diversos municípios mineiros, como Teófilo Otoni, Governador Valadares, Coronel Fabriciano, Carangola e outros.

A empresa cresceu e surgiu a Rio Ita S.A., também de transporte de passageiros, com linhas que ligavam a Cidade Maravilhosa e Niterói, a terra de Araribóia, a municípios das regiões norte e noroeste fluminense. Olney de Freitas também criou a Nartic S.A., revendedora de caminhões da marca Mercedes Benz, bem como diversificou seus negócios para o ramo da agropecuária com grande sucesso, tendo sido proprietário de diversas fazendas produtoras de leite, como a Bemposta, Lajinha, Lagoa do Salineiro, Harmonia, Norete e Ubatuba.

Olney de Freitas Drumond ficou viúvo em 20 de abril de 1985 e veio a falecer no dia 21 de outubro de 1989, sendo sepultado em Além Paraíba, no Cemitério do Santíssimo.

O motorista Haroldo Pereira Senra com o ônibus da Citran no bairro de Porto Novo em Além Paraíba (acervo Haroldo Senra)

Oficina da Citran (acervo Blog:Ônibus Rodoviários -Rafael de Oliveira)